segunda-feira, 5 de outubro de 2009


MASTERIZAÇÃO



depois de tudo no seu devido lugar, mascaramentos descartados, volumes acertados, equalizações e compressões definidas e executadas, é chegada a hora de colocar o que chamamos de volume de rádio... outras vezes já se ouviu aquela pergunta, "Pô, por que o meu trabalho não fica com o mesmo volume do disco de fulano de tal? não fica com "aquela pressão!"?

O que aconteceu de errado?"
Duas respostas:


1ª A música não foi masterizada.
2ª A música foi mal masterizada.


O QUE FAZ A MASTERIZAÇÃO?


Erroneamente, muitas pessoas acham que "iguala" volumes.

NÃO...
isso você pode fazer no Nero "normalizar volumes entre as faixas" ou vulgarmente "passar um normalize"

Isso não é masterizar.
A masterização vem para transformar aquela mix que foi terminada depois de suar tanto, que veio de uma penosa,
e às vezes escravizante edição, em um material tratado, antes até mesmo a mix estava meio bruta, agora lapida-se a mix de forma
a se conseguir com que seja obtida aquela famosa "pressão radiofônica".

Com a guerra de volumes que acontece hoje entre as gravadoras, uma boa masterização torna-se essencial a um trabalho, assim como a mixagem, e a edição.
Tempo, dinheiro e carinho extras desprendidos a estas quatro etapas podem diferenciar um discode verdade de uma demo de R$300,00.

Então pense com carinho, não no quanto custa gravar um disco, mas no quanto o preço vai custar ao disco.




MIXAGEM


Quando o material está todo editado, é preciso então nivelar os volumes afim de dar o devido destaque (ou não) a tal instrumento, e utilizar isso também para enfatizar(ou não) uma parte específica, da música.
Mas antes disso é nivelado o volume geral dos instrumentos, afim de consertar o desnível gerado pela edição.
Na mixagem, controla-se também o nível dos instrumentos não só pelo volume, mas também por outras ferramentas, como compressores, equalizadores, e limitadores.
No entanto essas ferramentas não são utilizadas somente para nivelar, mas também gerar uma série de efeitos, como o "brething" (voz pé do ouvido), ou ainda mesmo um som estrondante de bateria, é conseguido não só com uma boa captação, mas com o uso premeditado de ferramentas como estas.

Enfim, uma mixagem pode tanto desgraçar um trabalho como exaltar o mesmo.




EDIÇÃO



Durante o processo de captação, podem ocorrer erros do músico, nesse caso o aconselhável é refazer a parte, afim de que a mesma tenha sua fluidez garantida, não comprometendo assim feeling da execução da música no todo , mas como nem sempre isso é possível, tendo em vista que o tempo se encurta a medida que aumenta-se o número de takes para que uma passagem fique boa, lançamos mão desse recurso, que muitas vezes é a única opção (lógico que há vezes também que nenhuma poderosa edição consegue fazer milagres). 

O processo também é utilizado para limpar o som, removendo ruídos, ou ainda mesmo para correções como afinar uma voz desafinada (desde que não seja grotesca a desafinação).

O processo de correção de erros em si consiste em cortes, e colagens.




1 Exemplo.
Uma base vem sendo gravada conforme a música, derrepente o músico erra, e então faz-se um corte, e continua-se daquele ponto em diante. 2° caso. O baterista estava tocando muito bem, a música morreu no promeiro take, mas por algum motivo... um compasso simples de uma levada mais enérgica não ficou bom... ( fora do tempo) o que fazer??? A primeira opção seria, regravar a bateria toda... Mas há tempo disponível para isso??? Retomar um pouco antes do erro. Há ponto de edição para isso??? quer dizer, pode ser feito um corte sem que deixe rastros após a emenda???? ou... Pode-se editar (corrigir) esse erro, desmembrando a passagem, e através de um pega-estica-epuxa-eviva-a-dança-da-xuxa, consertar essa passagem. Mas há casos em que isso é inviável, e substitui-se a passagem depeituosa por uma passagem simples, porém correta, devido a gravidade do erro.






Gravação.


Processo aonde ocorre a captação dos instrumentos,

É essencial a transparência e audibilidade dos timbres.
Ainda me pergunto como pode hoje com a tecnologia da Alta Definição (HD)
Alguém conseguir um resultado mais abaixo que dos anos trinta.
Eu mesmo encontrei a resposta.
Não é o equipamento, mas a audição. Não é por que o cara é surdo, mas por que não consegue formar o som na mente, ter referência, ou ainda mesmo a monitoração mascara o que ele ouve, mascara como???
Se sua monitoração tiver poucos médios, a tendência é aumentá-los ou na hora da captação, ou na mix, e o resultado, adivinhe...
Um som belo na hora, mas depois quando alguém for ouvir fora dali, será um som de lata irritante.
Voltando ao âmbito das gravações,
Mesmo com equipamento não de última linha, ainda sim consegue-se um bom resultado, dependendo do que você QUER escutar e do que ESTÁ ouvindo.
Já vi trabalhos realizados em uma delta 1010 MUITO MELHORES do que trabalhos realizados em uma DIGI002 com canais Avalon, equalizadores SSL, e mesas Soundcraft Spirit.
Não se deixe levar pelo Studio na hora gravar, mas pelo OUVIDO do técnico e produtor.


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